10/03/2006 12:54:01
Conheça a segunda melhor rampa de vôo livre do Estado do Rio
Por Priscila Rodrigues
Rio Bonito fica a 70 quilômetros da cidade do Rio de Janeiro. Com o relevo bem acidentado, é a cidade que apresenta o maior número de serras, uma delas é a Serra do Sambe, onde está a 560 metros de altura a rampa de vôo livre, onde os amantes de asa delta percorrem 3 quilômetros de estrada íngreme com pirambeiras e pedras que dificultam o acesso. Segundo os pilotos Sydney Chrystyan Oliveira e Egnelson Braga Antunes os 30 minutos de subida valem para aumentar mais a adrenalina. A única pista do estado construída em forma de leque e considerada pelos praticantes do esporte, como a segunda melhor do Rio, depois de São Conrado, ela é capaz de pegar os melhores ventos sudoestes favoráveis na decolagem e térmicas, ar quente que se desprende da terra,deixando mais tempo a asa no vôo.
Embora a asa delta seja um esporte radical que desafia as leis da gravidade, foi considerada pela Nasa (Agência Espacial Americana), a máquina mais simples de se voar, pois ela plana no ar. É controlada pela mudança de peso do piloto em relação à asa delta.Suspenso por uma cinta na estrutura do planador, é possível alterar o seu centro de gravidade com movimentos como para frente e para trás e para ambos os lados,permitindo também o controle da direção e da velocidade.
Com vôos que podem chegar a mais de 6 mil metros, e durar até 14 horas, dependendo diretamente das condições do tempo como vento e térmicas, assim como a disposição do piloto ( física, psicológica, fisiológica etc.), o esporte é tratado como prática de loucos para as pessoas pouco informadas sobre o esporte, mas os pilotos Sidney Chrystyan Oliveira e Egnelson Braga Antunes, afirmam que a asa delta em si não é perigosa e sim o piloto despreparado que pratica de forma inadequada e não respeita as regras básicas de segurança.
Além dos desgastes físicos,como agüentar um peso de 20 a 30 quilos no ombro,na decolagem, o esporte também não é dos mais baratos, com média de gastos, desde uma asa nova no valor de R$1.000 a um curso que também custa em média R$1.000, sem contar a manutenção antes de todos os vôos,para ter certeza de que todas as peças estão em perfeito estado.
Os acidentes mais freqüentes são as crechadas ( quando o piloto vem para pousar, mas no momento, a barra ( onde o piloto segura) esbarra no chão em alta velocidade, podendo haver lesões graves tanto na asa como ao piloto.Outro também muito freqüente é quando o piloto pega um vento muito forte e fica na rampa, ou seja, a asa tomba para trás e ele não consegue voar.
Para aprender a voar de asa delta o candidato a aluno deve procurar um instrutor credenciado e então iniciar o treinamento, que consiste em executar repetidos exercícios que visam o condicionamento dos reflexos. No início do treinamento, o aluno aprende a segurar a asa e correr com ela em um terreno plano, sempre usando a asa como freio aerodinâmico na hora de parar a corrida. Depois, em um barranco levemente inclinado e com uns 25 a 30 metros de altura, o aluno repete este exercício na parte mais baixa. É aí que ele vai dar os primeiros vôos. Na medida em que evolui, vai progressivamente subindo o barranco, até que esteja decolando da parte mais alta.
O limite de idade para um vôo solo é 18 anos, e no duplo não é estipulada a idade, mas antes é necessário assinar um termo de responsabilidade por estar praticando um esporte radical que pode arriscar sua vida.
O curso dado em Rio Bonito no bairro do Sambê, leva em média três meses,dependendo do desenvolvimento do aluno,que receberá a habilitação de piloto de asa delta.
Mais informações sobre o curso ligue: (21) 9864-9603- Chrystyan
Foto: Priscila Rodrigues
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