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Entrevista com Rita de Cássia

01/01/2008 08:30:54

Flávio Azevedo

Além dos cerca de 30 anos de experiência no magistério e dos sete como Secretária Municipal de Educação no governo da ex-prefeita Solange Almeida, a vereadora Rita de Cássia Borges Antunes Martins Gomes (PP), aos 50 anos, é um dos pré-candidatos a prefeito da cidade em 2008. A vereadora recebeu a reportagem do Folha da Terra em sua residência na tarde da última terça-feira (3), quando falou sobre sua pré-candidatura, possíveis composições e como vê a indicação do vereador Reginaldo Ferreira Dutra (Reis), como candidato do seu grupo político ao cargo de prefeito da cidade. Pedagoga e pós-graduada em políticas públicas e governo, Rita da Educação, como é conhecida, apontou o que considera falhas na educação do município e disse que em algumas áreas “a cidade está abandonada”. Além disso, ela discorreu sobre o seu relacionamento com os seus pares e comentou a sua postura firme na Câmara de Vereadores.

Folha da Terra – Apesar de ter o seu nome cogitado para a sucessão do prefeito José Luiz Alves Antunes, o seu grupo político, que tem como líder a deputada federal Solange Almeida, já anuncia o nome do vereador Reis como o provável pré-candidato do grupo ao Executivo. Como fica então a sua candidatura?
Rita de Cássia – Eu faço parte desse grupo há mais de 10 anos. O que acontece é que muitas pessoas tem a pretensão de chegar ao Executivo, porque quando alcançamos o Legislativo, percebemos que para realizar o que queremos, só no Executivo.

FT – No caso da confirmação do nome do vereador Reis como pré-candidato, ele contará com seu apoio?
RC – Nós temos propostas bem diferentes para governar o município. Mas na política nada é impossível.

FT – É verdade que a senhora poderia ser candidata a vice-prefeita, compondo uma chapa com o atual vice-prefeito Aires Abdalla?
RC – Estamos no momento de composição e articulação. Temos conversado com muitas pessoas e todas as possibilidades são possíveis. Mas, está muito cedo para definir-mos alguma coisa.

FT – Havendo um entendimento, a senhora poderia compor com o prefeito José Luiz?
RC – Como falei, eu quero governar o município. A composição vai depender do ideal da pessoa que pensa em compor comigo. Eu não quero fechar as portas, mas essa composição vai depender de termos as mesmas prioridades.

FT – A senhora confirma que já aconteceram alguns encontros com José Luiz e posteriormente com Aires Abdalla?
RC – Claro. Somos adversários, mas nos respeitamos. Quando podemos, em encontros informais, conversamos, mas nada oficial.

FT – O seu comportamento é baseado na sua ideologia. Como é o seu relacionamento com o vereador Reis e como a senhora acha que ele iria governar?
RC – Não tenho problema de relacionamento, nem com Reis, nem com nenhum outro vereador. Em algumas matérias, nos posicionamos de maneira diferente, mas isso é parte do processo. Acho, porém, que minha proposta tem melhores prioridades para Rio Bonito.

FT – Como a senhora avalia a atual administração do município e quais os pontos que considera positivos e negativos?
RC – É difícil comentar... porque cada um tem suas prioridades. Várias obras têm sido feitas, mas a educação, a saúde e o bem estar social poderiam estar melhor. Algumas ações que foram iniciadas no governo anterior não continuaram. O descontinuísmo não é bom. As coisas boas deveriam continuar. Por que quebrar o que está pronto?

FT – A senhora foi eleita baseada no trabalho que fez à frente da Secretaria Municipal de Educação. Como a vereadora analisa a educação municipal, ela evoluiu, estacionou ou regrediu?
RC – É constrangedor falar sobre isso. Mas a própria população questiona alguns aspectos. Eu não posso confirmar certas colocações, porque poucos dos meus requerimentos são respondidos. Mas, visitando as escolas, percebi que estamos perdendo alunos, principalmente no interior, onde as escolas voltaram a ser tratadas de maneira diferenciada das escolas do Centro. Os professores e as escolas, principalmente do interior, não estão sendo acompanhados pela coordenação, não para vigiá-los, mas para auxiliar e orientar. Além disso, a merenda, que na minha época era tão criticada, não está melhor. Aliás, faltou até merenda em alguns colégios no início do ano letivo. Eu reconheço as dificuldades de compra e licitação, mas a merenda não pode faltar. Outro aspecto é que nenhuma escola foi construída, só foram pintadas.

FT – Educação e emprego andam de mãos dadas. Estamos prestes a receber um grande investimento da Petrobras, o Pólo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro. Quais ações, em sua opinião, são também importantes para gerar empregos para os nossos jovens?
RC – A formação é imprescindível. Teria que se cumprir uma promessa de palanque, quando foi dito que Rio Bonito teria uma escola técnica. Acho que o município deveria ser mais audacioso e investir mais em educação, porque existe dinheiro para isso. Nós não fizemos porque não houve tempo. As empresas se instalam em Rio Bonito com funcionalismo de fora. Isso seria por que nossos jovens não estão preparados?

FT – A senhora tem tido uma postura combativa e firme no Legislativo, onde a oposição ao governo José Luiz é maioria. Como manter essa postura sem prejudicar o crescimento do município?
RC – Estou tranqüila com relação a isso. Faço oposição a idéias que não concordo. O que for feito em benefício do povo eu aprovo. Eu tento ser coerente. Além disso, quem não foi eleito no palanque do prefeito fica rotulado como oposição.

FT – Toda postura firme e decidida vem carregada de ideologia. Isso internamente não prejudica seu relacionamento com os demais vereadores, já que nem todos são assim?
RC – No início eu sentia muita dificuldade e muitas vezes eu chorava quando via a postura e o pensamento de alguns. Mas, hoje, eu já aprendi a conviver com eles. Todos me respeitam, são cordiais comigo. Penso que poderíamos ser muito mais fortes se discutíssemos mais as nossas ações com a população.

FT – Como a senhora analisa a oposição e a situação na Câmara de Vereadores, já que por ocasião do reajuste do funcionalismo a situação foi maioria, mas já voltou a ser minoria?
RC – Isso faz parte do processo. Eu gosto de trabalhar com fundamentação legal. Mas é assim mesmo, os nobres pares tem um comportamento, porém, como existem os debates entre nós, eles mudam de opinião. A Câmara é uma casa de discussão e deveríamos ser mais criteriosos ao criarmos as leis, porque às vezes elas já nascem mortas.

FT – A senhora acredita que o fato de Rio Bonito contar com representantes nos governos federal e estadual pode beneficiar o município?
RC – Isso nos enche de orgulho. Devemos ter paciência porque eles assumiram há pouco tempo. A deputada Solange, por exemplo, é uma pessoa incansável. Inclusive, ela já colocou uma emenda para que o CTI do Hospital Darcy Vargas seja beneficiado.

FT – Falando em CTI, será que dessa vez o projeto sai do papel?
RC – Com certeza. Já aprovamos na Câmara o repasse de R$ 150 mil que o Executivo destinou ao hospital. Tenho ido lá e já está tudo em obras. A população também está colaborando. Sairá sim.

FT – A classe política está cada vez mais desacreditada devido a uma série de escândalos, que tem envolvido até o judiciário. Mesmo assim, a senhora está querendo penetrar cada vez mais nesse mundo. Como lidar com isso?
RC – Precisamos fazer a nossa parte. A população precisa saber identificar o mau e o bom político. É preciso ressaltar que trocar o voto por tijolo e cimento é uma coisa antiga e o povo não dá mais credibilidade pra isso. A sociedade precisa mudar, perdendo o medo e a timidez de participar e entrar no processo eleitoral. Criticar é fácil, mas mudanças só haverá quando as pessoas de bem começarem a participar da vida pública. Eu nunca tive pretensão política, mas percebi que só participando eu poderia mudar alguma coisa.

FT – Então a senhora é pré-candidata a prefeita e confirma que poderia não ser pelo grupo da deputada Solange?
RC – Com certeza sou pré-candidata. Eu gostaria muito de ser a pré-candidata indicada pelo grupo que eu faço parte, mas prefiro esperar um pouco mais. Acho que o povo decidirá isso. Se eles acharem que existem propostas melhores que as minhas, paciência! Saberei aguardar a próxima vez.

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