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Empresário capta e recicla água da chuva

31/07/2013 10:50:02

(Agenda 21/ Beatriz Carvalho Diniz)

Construir o seu futuro sustentável pode ser mais simples do que se pensa, depende de interesse e iniciativa. É o que Geison Carvalho Demier começou a fazer em 1996. Empresário que mora e trabalha em Rio Bonito (RJ), membro do Fórum da Agenda 21 Local, ele zerou a conta de água em sua marmoraria mesmo usando 50 mil litros por dia. E com a especialização da linha de montagem, passou a agregar também valor ambiental e social a seus produtos e serviços. Milagre? Não, é resultado das mudanças que resolveu experimentar para melhorar o processo no negócio de família que herdou do pai.

A decisão de mudar o processo a seco para úmido gerou novos produtos reaproveitando resíduos, aumento da produção, maior qualidade do acabamento no produto final e um ambiente de trabalho mais saudável para os funcionários. O desafio de precisar de muita água virou oportunidade para o Geison economizar com a captação de águas de chuva e sua reciclagem. “Já fiquei 35 dias sem chuva e a produção não parou!”

 

A gestão sustentável da água e os benefícios da mudança

 

A mudança do processo seco para úmido foi o ponto de partida para Geison conseguir 40% menos barulho e 90% menos poeira na produção em sua marmoraria. A resistência dos funcionários foi vencida com capacitação coletiva e com o sucesso do investimento de dois anos em mobiliário, equipamentos, a criação de nova linha de montagem e a salubridade nas condições de trabalho.

Para lidar com o impacto da grande demanda de água, o empresário pesquisou em outros setores e avaliou as condições ambientais do local de instalação de seu negócio. Sem água no subsolo nem na rede da rua, a opção foi captar as águas de chuva. Então, com 1.300 metros de telhado, ele abastece o reservatório com capacidade para estocar 75 mil litros de água.

A solução trouxe outra novidade: o sistema de reciclagem de água. Todo dia, o dia todo, a água é  reciclada na marmoraria MARB. É decantada seis vezes, retorna para a caixa, e continua a ser usada. A perda diária de 500 litros na transformação corresponde a apenas 0,5% do total captado do céu. Além do reservado para atender a produção, há um lago no terreno com mais 35 mil litros.

A iniciativa do Geison tem impacto positivo também para o município de Rio Bonito, pois representa uma poupança nos estoques da água destinada ao consumo dos moradores. É um grande consumidor a menos na demanda por um recurso natural escasso e imprescindível para a vida. Por isso, zerar o custo com água é vantajoso para o negócio do empresário, só que não é ele o único a ganhar: os benefícios econômicos, ambientais e sociais são compartilhados.

Água do céu, reaproveitamento de resíduos e novos produtos

Geison realizou seu objetivo inicial de melhorar o processo e a qualidade dos produtos, com a vantagem de zerar o custo com água. E mais: obteve doze novos produtos diferentes reaproveitando resíduos.

Para reaproveitar os resíduos sólidos da produção, foram desenvolvidos equipamentos e restauradas máquinas de 1970 com apoio técnico da Fundação de Amparo à  Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ). Já o resíduo semi-sólido é reaproveitado para massa de cimentício, com o que sobra da decantação da água na forma de goma.

Pontas de granito, por exemplo, são reaproveitadas para a linha de piso com alta resistência. O reaproveitamento chega ao requinte de originar pedras decorativas similares aos seixos, que não podem ser retirados dos rios, e pedrinhas para ornar jardins.

São reaproveitados na MARB 100% dos resíduos de sua produção, o que corresponde a 14 toneladas de problema e custo transformadas em economia para o empresário. O reaproveitamento elimina da logística a etapa de retirada dos resíduos e apaga da planilha de despesas em média de 750 reais por mês. A capacidade instalada na marmoraria para reaproveitar 300 toneladas é suficiente para processar os resíduos da produção de outras empresas do ramo. É possível, portanto, que marmorarias da região cooperem para reaproveitar seus resíduos e garantir que não retornem à natureza como desperdício.

“Todos os setores produtivos têm melhorias pra descobrir e aplicar. Não faltam problemas para encontrarmos soluções”, é o que Geison diz e faz no cotidiano. Ele propôs aos vizinhos no condomínio industrial de Rio Bonito fazerem uma ciclovia, para segurança dos trabalhadores no trajeto pela rua paralela à rodovia. Cogita gerar energia com a associação de um biodigestor à Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). Aponta a viabilidade de instalar luminárias de energia solar no condomínio, pela localização em campo aberto.

Engajado na Agenda 21 de Rio Bonito desde a fase setorial em 2008, Geison dedica parte de seu tempo ao Fórum Local e à Associação Comercial. E tem gosto pela troca de ideias e experiências, avalia que é excelente o empresário ver todos os setores da sociedade e poder participar de forma construtiva e necessária da vida da cidade. É motivado por uma visão de progresso que não ignora os riscos de crescer com perda da qualidade de vida. Através de seu trabalho, ele constrói no presente bases para um futuro sustentável. Da mesma maneira como cidadão, colabora para cuidar do lugar em que vive com a família.

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