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Moradores de Braçanã pedem socorro

04/02/2010 08:47:21

Flávio Azevedo

Um dos pontos turísticos mais pitorescos e procurados em Rio Bonito, a localidade de Braçanã, no Terceiro Distrito do município, está abandonada. De acordo com moradores, a RJ – 123, que conduz a um dos pontos mais visitados da localidade, o Salto de Braçanã, há muito tempo não recebe manutenção. A via liga Rio Bonito à Cachoeira de Macacu. Também sofre com o abandono, a Pousada Relicário, que tem em seu interior as ruínas de uma antiga capela. Próximo a pousada, a estrada passa por dentro da cachoeira. Segundo o lavrador Davi Ferreira dos Santos, 41 anos, nunca houve ponte no lugar. “Já perdemos a conta de quantas promessas foram feitas sobre essa ponte. Já mediram, colocaram marcações, mas nunca saiu do papel”, reclama.

O lavrador revelou que muitas vezes, as pessoas que moram depois da cachoeira ficam isoladas, porque quando dá uma chuva forte, a água sobe e nós não conseguimos atravessar. “Algumas vezes, nós vamos lá fora dar um passeio, ao voltar temos que ficar duas ou três horas as margens da cachoeira esperando a água abaixar, para podermos voltar para casa. Ter uma mulher grávida aqui dentro é uma temeridade. Quando chegar na hora da criança nascer, como que se atravessa para o outro lado, se cair uma chuvada?”, questiona.

“O Salto poderia ser melhor”

No Salto de Braçanã, o comerciante, Israel Barbosa, 56 anos, afirma que o local ainda recebe banhistas por causa da iniciativa privada. “Nós aqui estamos largados pelo poder público, se não fosse a atuação do fazendeiro, que é proprietário dessas terras, nós estávamos numa situação muito difícil. Mas apesar do abandono, nos fins de semana, cerca de mil pessoas visitam o salto. Se também houvesse investimentos, por parte do poder público, esse lugar seria um sucesso muito maior”, afirmou.

O comerciante afirma que a localidade está abandonada desde a época de Aires Abdala. “Quando ele era prefeito, sempre passava por aqui, cumprimentava os moradores, mas pouco fez. Quando alguém reclamava da estrada, por exemplo, Abdala pedia paciência”. Ainda segundo o comerciante, que demonstra não ter esperanças em dias melhores, “na época das eleições todos passam por aqui, fazem um monte de promessas, mas quando acaba a disputa some todo mundo”, comentou.

Promessa de reformas

 

Estabelecido próximo ao Salto de Braçanã há cerca de 23 anos, Israel Barbosa diz que em 2008, pouco antes das eleições municipais, algumas pessoas ligadas a Prefeitura estiveram na localidade, mediram o espaço ao longo do salto, prometeram a construção de quiosques, a urbanização do local, “mas até agora nada, pode ser que eles cheguem depois do almoço”, ironizou.

O comerciante comentou que um dos problemas que afastou as pessoas do Salto de Braçanã num passado recente, era a quantidade de oferendas que alguns usuários traziam ao local. “Eram garrafas, alguidar e outras coisas que fazem parte do culto desses frequentadores, mas na primeira chuva, esse material era levado pela água para dentro da cachoeira e provocava sérios acidentes com outros banhistas”. Ele afirma que muitas reclamações foram feitas na prefeitura, mas nunca ninguém tomou providências. “Essa situação só acabou, quando o proprietário das terras assumiu o comando do lugar”, disse.

Mais abandono

Em alguns pontos, as estradas têm tantas pedras expostas, que chega ser perigoso caminhar sobre elas. Os tombos são constantes. Os moradores afirmam que a falta do transporte público contribui para esse abandono. “As localidades mais distantes que tem lotação (ônibus), quando a estrada fica ruim, o dono da empresa telefona para o prefeito e cobra a manutenção, mas aqui nós não temos nada”, disse uma moradora que pediu para não ser identificada.

Patrimônio Histórico

Para quem não conhece, um pouco de história e cultura do local. Único bem cultural tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), em 1970, a centenária Capela de Santana (1876), estabelecida um pouco depois da entrada do Basílio, está quase sempre fechada e já apresenta paredes emboloradas e sinais de deterioração. De acordo com outro morador, que também prefere ficar no anonimato, “essa é a nossa situação, porque os políticos por aqui só sabem carregar gente doente. Eles são muito prestativos, mas esquecem de trabalhar por aqueles que estão com saúde”.

O comerciante Israel Barbosa lembra que a Prefeitura mantém um encarregado que é responsável pela manutenção das estradas, “mas ele raramente vem aqui. Geralmente diz que não tem máquina. Na verdade, nós é que fazemos alguma coisa, para que os banhistas consigam chegar aqui no salto”, concluiu.

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